Ao longo das últimas décadas, com a conscientização das mulheres quanto à seus espaços de atuação, houve um grande aumento no número de executivas ao redor do mundo. Uma grande conquista, que ilustra a evolução na educação e ao consequente ganho de seus lugares no mercado de trabalho. Em recentes pesquisas realizadas ao longo da pandemia, mulheres foram apontadas como melhores líderes em meio à crise, de acordo com a revista americana Harvard Business Review. Muitas dessas executivas são também mães! E como conciliar maternidade e carreira? O apoio das empresas e o olhar para a diversidade fazem toda a diferença!

Entramos então no assunto do momento: a importância da diversidade no ambiente corporativo. Segundo estudo realizado pela Organização Internacional do Trabalho, empresas que tem mulheres em cargos de liderança tendem a lucrar até 20% a mais. A McKinsey Study traz ainda que times diversos são comprovadamente mais eficazes, tendo visões distintas são capazes de inovar radicalmente e se antecipar no que diz respeito à mudanças no comportamento dos consumidores, por exemplo.

As oportunidades para mães de família entram na seara da diversidade, apesar de exigir mudanças não somente no ambiente corporativo, mas também culturais onde a mãe é vista como única responsável por manter as rotinas diárias dos filhos. Para empresas que desejam entrar para as estatísticas de incentivadoras da diversidade de seus times, é necessário um olhar especial para as executivas que tem dupla jornada: maternidade e trabalho!

Yanara Medeiros é headhunter na RED Consulting, tornou-se mãe do Isaac aos 27 anos e conta como o apoio da empresa e do marido são fundamentais para conciliar carreira e maternidade:

“Assim que soube da gravidez, além do susto de uma gestação inesperada, logo veio o receio de contar para minhas gestoras. Sabemos que o mercado, em geral, não tem uma boa receptividade diante dessas situações. O que tive de minhas duas gestoras foi algo inesperado, um acolhimento e compreensão que com certeza fizeram toda a diferença.”

Yanara conta que passou por momentos desafiadores, além das incertezas que envolvem a gestação, também sempre foi muito ativa no trabalho e não se via ficando em casa ao longo da licença maternidade:

“Eu dizia que não conseguiria ficar seis meses em casa, e que ficaria, no máximo, três. Em compensação à minha ansiedade e insegurança, fui incentivada e apoiada por minha empresa. Aos poucos, fui entendendo que conseguiria ser mãe e também headhunter.”

Além de tudo, o amparo do marido, que divide com ela todas as tarefas, também foi essencial. “Sou esposa, mãe e profissional. E amo a minha profissão! É desafiador quando se tem preocupações diferentes, porém concomitantes na mesma medida. Zelo pelo meu filho e minha família, e também pelo meu trabalho. É importante estar presente em ambos e, aos poucos, fui me ajustando para conciliar essas duas áreas da minha vida.” E, após esse período, uma grande surpresa que vai na contra mão das estatísticas: Yanara foi promovida assim que voltou de licença maternidade!

As gestoras em questão são Daniela Lopes e Natalia Marques, sócias da RED, consultoria de recrutamento e seleção que tem mais de uma década de história. A empresa foi criada por Daniela, que, além de executiva, é mãe do Joaquim e da Luísa.

Daniela e Natalia também fazem parte do quadro de sócios da Blue, onde os princípios da diversidade estão igualmente presentes. Um dos principais nortes da empresa é a inclusão para que todos tenham acesso às mesmas oportunidades de desenvolvimento.

A reação positiva das gestoras de Yanara serão cada vez mais presentes no mercado corporativo com a conscientização sobre o tema. Empresas que demonstram receptividade e dão apoio genuíno na etapa da maternidade, tendem a ter colaboradoras mais satisfeitas e engajadas, o que contribui significativamente na taxa de retenção e diminuição da rotatividade.

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