Inclusão Mercado de TI

Inclusão no mercado de TI: a importância de conviver com profissionais neurodiversos para formar um time de respeito

22/10/21

O mercado de TI e suas facilidades na hora de contratar profissionais de todas as idades, gêneros e classes sociais já foram temas de pautas em diversos canais de comunicação, que reforçam o potencial de crescimento do setor para os próximos anos. A demanda por profissionais da área de tecnologia segue aquecida e entre os cargos mais procurados estão o de desenvolvedor Front End, desenvolvedor Full Stack, arquiteto de soluções, Tech Lead e profissional de segurança da informação. A verdade é que, para profissionais capacitados, não existe crise quando se trata da área de tecnologia.

Diversidade no mercado de TI 

Atualmente a palavra diversidade e tudo o que ela representa conquistou, de vez, um espaço mais do que necessário dentro das empresas, que tem dedicado mais atenção às questões étnicas e até mesmo quando o assunto é a contratação de pessoas neurodiversas. Mas, apesar de toda a evolução e dos debates que esse tema tem proporcionado, para várias dessas empresas ainda existem alguns desafios na hora de incluir essas pessoas na equipe.

De acordo com uma recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o número de contratações de PcD representa apenas cerca de 6,7% da população brasileira. Já de acordo com dados do Ministério do Trabalho, eles ocupam apenas 1% dos empregos formais. Entre os motivos que ocasionam essa estatística, a desinformação é uma das razões que lideram a lista, pois ela faz com que os empregadores descartem a possibilidade de contratar profissionais que tenham essas necessidades, como é o caso dos autistas, por exemplo, que muitas vezes são descartados dos processos seletivos, pelo medo do esforço que esse profissional demandaria para a empresa.

Tendências no mercado de TI 

Porém essa é uma grande confusão que não condiz com a verdade. Desde que exista o apoio devido, com suporte de acolhimento e as ferramentas adequadas de aprendizagem, esses profissionais são perfeitamente capazes de atuar na área de TI. Alguns estudos da consultoria McKinsey & Company, inclusive já comprovaram que a inserção de pessoas com essas características impactam positivamente a saúde e o ambiente organizacional de toda a empresa, pois permite que as pessoas ao redor desenvolvam habilidades de resolução de conflitos por parte dos líderes e isso aumenta a motivação dos demais colaboradores.

Com a ajuda das instituições que se dedicam a inclusão e que tem levado informações para áreas de todos os setores, esse cenário começa, a passos lentos e firmes, demonstrar uma evolução e apresentar mudanças que devem ser celebradas. Isso porque com o aumento das discussões em torno desse assunto que fazem com que, cada vez mais pessoas busquem conhecimento, algumas características muito pontuais dos profissionais neurodiversos passaram a ser vistas como qualidades indispensáveis. Você sabia, por exemplo, que a facilidade em reconhecer padrões, o perfeccionismo, o alto nível de concentração e raciocínio lógico fazem com que o colaborador autista se destaque, principalmente no setor de tecnologia?

Vale destacar que além de todas as oportunidades, as empresas que já compreendem o valor desses profissionais dentro do seu time também chamam a atenção para a importância do tratamento de igualdade, já que assim como qualquer outro funcionário, os profissionais neurodiversos possuem plano de carreira e oportunidades para crescer. É importante também avaliar que não é apenas a contratação que importa. É preciso incentivar oportunidades reais para que esse profissional possa – de fato – evoluir na empresa. Não é só contratar, mas assegurar que eles terão a mesma experiência que seus colegas de trabalho.

O processo de adaptação

Para colocar a teoria em prática e tornar mais fácil o processo de adaptação, para as duas partes envolvidas nessa história, instituições especializadas em inclusão aconselham que tanto a equipe quanto o novo colaborador sejam preparados para uma nova dinâmica de trabalho. Enquanto o neurodiverso deve passar por um acompanhamento mental e prático nos primeiros meses de trabalho, com ajuda de psicólogos e centros especializados, os colegas não podem ser desconsiderados e também devem receber informações da empresa sobre as algumas demandas do mais novo contratado. Mesmo assim, é válido lembrar que as adaptações são as mesmas feitas para os demais funcionários, de modo que, não existe uma cartilha padrão de regras na hora de incluí-los no seu time.

E mesmo que somente a necessidade de cotas de inclusão previstas na Constituição Federal pela Lei 8213/91, que determina a contratação de deficientes em empresas com mais de 100 funcionários não seja razão suficiente para incentivar a inserção desses profissionais ainda existe o lucro, de acordo com o mesmo estudo realizado em 2020 pela consultoria McKinsey and Co, companhias que investem na ideia da diversidade nos processos seletivos têm receitas até 33% maiores do que as demais.

Exemplos para se inspirar

 Entre os exemplos de empresas que vem ampliando a inclusão de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), no ambiente corporativo temos a SAP, desenvolvedora multinacional de software que conta com programa de incentivo à contratação de pessoas do espectro, chamado Autism at Work (Autismo no Trabalho). A meta da empresa é ter em seu quadro de colaboradores 1% de autistas (de um total de cerca de 77 mil funcionários no mundo todo).

Um outro exemplo, é a Auticon, uma organização localizada na Califórnia, que está projetando um ambiente inclusivo para pessoas com autismo. Lá, eles descobriram que, na área de testes de software para detecção de falhas em sistemas de segurança, pessoas com esse espectro têm habilidades incríveis por se tratar de tarefas que requerem atenção contínua, decifrar sequências lógicas e encontrar erros.

Suporte da Blue EdTech

Em resumo, o conselho é o seguinte: as empresas precisam entender a necessidade de se transformar e se adaptar. E tomar essa decisão de admitir que há espaço para melhorias não precisa ser um bicho de sete cabeças. Na Blue, acreditamos que dedicação, empatia e fome de conhecimento são os principais ingredientes para a formação de bons profissionais. Em nosso curso você aprenderá o princípio da programação com professores extremamente didáticos que irão te ajudar a se tornar um profissional altamente valorizado pelo mercado, com habilidades que vão te preparar para aproveitar todas as oportunidades da vida de um profissional de TI. Não perca essa chance e venha com a gente!