
Mulheres em TI: elas investem em um futuro promissor
Para conquistar um espaço no mercado de trabalho existem algumas características que são consideradas fundamentais para destacar a relevância de um profissional no momento da contratação. Por diversas vezes, já listamos aqui as Soft Skills, habilidades comportamentais, interpessoais e competências não técnicas, que profissionais de todos os segmentos precisam demonstrar para se dar bem na disputa por uma colocação profissional.
Mesmo diante de um cenário que ainda reflete inúmeras desigualdades entre homens e mulheres, em diversas áreas, pesquisas recentes apontam que as mulheres começaram a conquistar um espaço, cada vez maior, na hora de preencher uma vaga no mercado de tecnologia que, até bem pouco tempo atrás, era majoritariamente ocupado por homens.
Mulheres no mercado de TI
Em 2017, as mulheres representavam 10,9% das vagas em atividades relacionadas à prestação de serviços de TI, no Brasil. Já em 2020, esse número saltou para 12%. De acordo com um levantamento, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), nos últimos cinco anos, a participação feminina na área de TI cresceu 60%, passando de 27,9 mil mulheres para 44,5 mil em 2019. Razões que justifiquem esse crescimento não faltam, afinal é impossível negar a importância que a TI ocupa dentro das empresas atualmente.
A cada dia, companhias de todos os setores abrem novas vagas e necessitam de profissionais altamente capacitados para preenchê-las. A Transformação Digital desencadeou um consumo acelerado de tecnologias, como e-Commerce, ferramentas de mobilidade e Cloud Computing, por exemplo, sem falar de questões relacionadas ao tratamento de dados e a segurança da informação fruto do advento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que estão fazendo com que as os setores de RH se empenhem em encontrar colaboradores que ajudem a colocar suas empresas no caminho da inovação sem abrir mão da segurança.
Tendências no mercado de TI
Inclusive a procura por bons profissionais de TI é uma tendência que não deve diminuir nos próximos anos. É o que afirma um estudo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), que prevê que a busca por esses profissionais no Brasil será de 420 mil pessoas até 2024. E as mulheres estão começando a perceber que é possível conquistar uma parte ainda maior desse espaço. De janeiro a maio deste ano, foram registradas 12.716 candidaturas femininas contra 10.375 no mesmo período do ano passado, segundo uma pesquisa do Banco Nacional de Empregos (BNE). Apenas no mês de janeiro, foram 4.316 candidatas contra 1.989, o que representa um crescimento de 116%.
Isso porque a TI é uma área de incontáveis oportunidades que surgem para quem se dedica. Vale ressaltar que nem todos que atuam nessa área precisam trabalhar com desenvolvimento de programas, mas isso não torna menos importante o conhecimento. Para ser uma profissional do setor de vendas de uma empresa de soluções de tecnologia, por exemplo, é necessário ter conhecimento específico de tecnologia. Mas a boa notícia é que a TI é um universo! Mulheres podem seguir carreira como desenvolvedoras de jogos, aplicativos, sites, sistemas; segurança de informação, suporte técnico, qualidade de software, gestão de redes, banco de dados, entre várias outras opções. Para descobrir qual é o seu setor de atuação não há segredo: assim como em qualquer outra área, basta interesse para começar a estudar. Mulheres podem – e devem – trabalhar e estudar tecnologia, pois o mercado precisa de novos profissionais.
Exemplos de mulheres em TI
É importante lembrar que apesar de os números, com relação à participação feminina em tecnologia, estarem crescendo atualmente, não é de hoje que elas demonstram sua capacidade nesse mercado. Você sabia, por exemplo, que muitos especialistas consideram que o primeiro algoritmo da história foi criado por uma mulher? A Condessa de Lovelace, Augusta Ada King realizou essa façanha antes mesmo da existência de computadores que calculassem esses dados. Anos após sua morte, o algoritmo que ela desenvolveu foi verificado e comprovado. Outra mulher que também deixou sua marca na história da tecnologia foi a irmã Mary Kenneth Keller. Suas contribuições foram essenciais para a criação da linguagem de programação Basic.
Já para aqueles que estão em busca de uma inspiração ainda mais detalhada sobre os marcos das mulheres na tecnologia, recentemente o filme Estrelas Além do Tempo (título original, Hidden Figures), traçou a história de Katherine Johnson, Dorothy Vaughn e Mary Jackson. As três funcionárias negras da NASA foram parte essencial do projeto de lançamento do astronauta John Glenn para o espaço, que ocorreu no auge da corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética. Viu só? Os exemplos são inúmeros e só servem para reforçar que o potencial das mulheres na TI é imensurável e precisa ser mais reconhecido e explorado.
Os desafios
Apesar de toda a evolução, também é preciso admitir que ainda existem alguns desafios que as mulheres precisam enfrentar. A realidade sugere um longo caminho para melhorar as condições de trabalho delas no Brasil. A falta de equidade salarial é, por exemplo, uma pauta que demonstra claramente esse desnível de gêneros no mundo todo.
Apesar de terem conquistado o trabalho remunerado, um outro ponto de dificuldade crucial, para muitas mulheres, consiste na chamada jornada dupla, já que muitas delas ainda precisam lidar com o trabalho doméstico – que inclui cuidar da casa e dos filhos. O IBGE levantou um dado que comprova o quanto essa jornada causa impacto na vida das mulheres: enquanto os homens gastam cerca de 10,9 por semana nas atividades em casa, elas dedicam 21,3. Definitivamente os obstáculos são consideráveis e para mudar essa situação é preciso alterar a concepção sobre o que é uma profissão de homens ou de mulheres.
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