Hoje é dia de falar sobre as soft skills. A tradução livre que se pode fazer da expressão, algo como habilidades suaves – ou leves, não é a mais indicada para essa situação. 

Na verdade, quando o mercado de trabalho fala sobre o conceito de soft skills, ele está se referindo a habilidades interpessoais ou comportamentais. São capacidades não técnicas, mais relacionadas à maneira como você atua profissionalmente. Incluem como você interage com colegas, como resolve problemas e como gerencia seu trabalho.

Para entender mais fácil, pense que soft skill é toda habilidade mais subjetiva, aquela capacidade que você não coloca no currículo, mas que, dependendo da intensidade, pode ser identificada pelo recrutador logo na entrevista de emprego.

Tem a ver com habilidades de comunicação, de escuta, capacidade de manejar seu tempo com sabedoria, qual nível de empatia você demonstra em diferentes situações etc.

Quer saber o poder disso na prática? 

Então vem com a gente: queremos te falar sobre um estudo chamado “Closing the Technology Leadership Gap”, da consultoria norte-americana West Monroe Partners, que entrevistou 1.250 profissionais de RH.

Para que saber essa pesquisa seja ainda mais pertinente, olha que bacana: esses profissionais de RH deram suas respostas baseadas na experiência deles em contratar profissionais de TI.

98% dos respondentes compartilharam que as análises para contratação são feitas por meio de entrevistas comportamentais ou culturais, testes de personalidade e testes escritos. 

E 66% dos profissionais de RH relataram já ter sido necessário reprovar candidatos para cargos de TI pela ausência das famigeradas soft skills.

Conforme aponta a matéria do portal CIO, uma das referências em tecnologia para negócios no Brasil, especialistas apontam a comunicação como a soft skill mais desejável para profissionais de TI. Saber trabalhar em equipe vem logo em segundo lugar. 

Na medalha de bronze, a capacidade de liderar. Sobre essa característica, os especialistas relatam ser inclusive bastante rara na área de TI. E isso é bastante valorizado mesmo para funcionários de tecnologia que não estão em funções gerenciais. 

Outras três características muito importantes, fiquem atentos: é ter a capacidade de desenvolver “uma mentalidade consultiva”, inteligência emocional e empatia.

Estas duas últimas idiossincrasias dizem respeito a se colocar no lugar da outra pessoa. Isso, querido bluemer, não é importante apenas para compreender quando um colega está em dificuldade, mas também, e mais importante: empatizar com o cliente. Não se deixe levar pela máxima que profissionais de exatas não precisam se importar com o comportamento. Isso está ultrapassado.

É como comenta o especialista em RH, Mark C. Perna, para a Forbes USA: “as soft skills não são tão ‘soft’ quanto parecem. Na verdade, elas têm poder suficiente para te fazer prosperar ou destruir sua carreira”.