Por que as EdTechs estão tomando conta do mercado de startups no Brasil e no mundo?

Por que as EdTechs estão tomando conta do mercado de startups no Brasil e no mundo?

Com a educação à distância ganhando os holofotes ao redor do mundo todo por conta da pandemia do Covid-19, que inviabilizou o ensino presencial, era questão de tempo para que as empresas especializadas em educação ficassem cada vez mais em evidência na economia. Por que as EdTechs estão tomando conta do mercado de startups no Brasil e no mundo?

Toda uma geração de alunos está aprendendo online à medida que os países fecharam escolas para conter a disseminação de novas vertentes do coronavírus.


Isso coincidiu com o interesse dos investidores, que na última década, vinham de olhos bem abertos para as oportunidades no segmento – e já colocavam dinheiro em startups do setor de educação tanto no Brasil quanto em outras partes do planeta e esse interesse vem crescendo ano a ano.

Qual o segredo das EdTechs?


Durante todo ano de 2020 e no início de 2021, temos testemunhado, portanto, a junção de todos os fatores possíveis para que haja o boom de um setor: um problema real que precisava de uma solução urgente, um crescente interesse do público e do mercado, dinheiro borbulhando dos investidores e mão de obra especializada crescente para o setor. 

Segundo o Distrito EdTech Report, um dos estudos mais representativos do setor, divulgado em novembro de 2020, o Brasil possui atualmente 559 startups de educação. E de 2010 para 2020, foram realizadas pouco mais de 130 rodadas de investimento, totalizando um volume de investimento de US$ 175,5 milhões em EdTechs no país.

Conforme o documento anexo ao estudo do Distrito discorre, esse processo de investimento em edtechs tem provocado uma valorização dos chamados soft skills, aquelas “competências subjetivas e habilidades interpessoais, que permitem aos indivíduos aproveitar autonomamente as possibilidades da revolução digital e a colaborarem ativamente na transformação da sociedade, como por exemplo: criatividade, pensamento crítico, adaptabilidade, comunicabilidade, entre outras, têm uma resiliência maior do que o domínio de um software ou linguagem de programação, uma vez que estes podem se tornar obsoletos rapidamente”. 

Capacitação e habilidades sociocomportamentais

É por isso que batemos tanto na tecla das habilidades sociocomportamentais, comunicacionais e emocionais da geração Z em nossa capacitação. 

E o estudo do Distrito não para por aí: “o Massachusetts Institute of Technology…”, cita, “…em parceria com o Laboratório de Educação Abdul Latif Jameel produziram uma matriz que mapeia o que eles chamam de habilidades humanas, de modo a ajudar educadores e empreendedores a prepararem os trabalhadores para a economia digital de forma mais eficiente. Como cultivar, no entanto, essas habilidades essenciais? Esse é o desafio educacional que se coloca à medida que fazemos a transição de um sistema de ensino conteudista para um que valoriza o pensamento crítico, a inteligência contextual e o aprendizado contínuo”, comenta o estudo do Distrito. Concordamos em gênero, número e grau! 

Como aproveitar essas habilidades?

Eles finalizam dizendo que é “premente que encontremos, e logo, uma maneira eficiente de incutir essas habilidades, posto que hoje encontramos uma alta demanda por profissionais capacitados, o que configura uma vantagem competitiva fundamental para acessar os melhores postos de trabalho”, citando, ainda, que o Linkedin lista anualmente as soft skills mais requisitadas pelas empresas contratantes. 

Encabeçam a lista de 2020 do Linkedin as seguintes características: criatividade, persuasão, colaboração, adaptabilidade e inteligência emocional. 


Por que as startups de educação estão abocanhando os investimentos, atenção e a mão de obra de todo o mercado de startups? Para além da confluência de fatores, da oportunidade e da economia, pelo fator humano. A transformação digital já é uma realidade em todos os segmentos e as startups de educação parecem ser o caminho mais fácil para que alta tecnologia e seres humanos se encontrem.

A 4ª revolução industrial não é mais ficção científica: ela já chegou à realidade, está entre nós e ninguém gosta de se deparar com imagens apocalípticas de pessoas que ficaram desempregadas porque robôs passaram a desempenhar suas funções de maneiras mais velozes e eficazes. Por isso, nos são tão afáveis as previsões que alinham as mais modernas e complexas tecnologias com o que de mais avançado existe em humanidade. E as EdTechs trazem isso como uma possibilidade real.

É nisso que acreditamos aqui na Blue. Um mundo mais humano e mais tecnológico. A tecnologia vem para facilitar a vida das pessoas, vem para potencializar o acesso a quem mais precisa, para democratizar o ensino e a pesquisa, para fazer famílias prosperarem, para promover o senso de comunidade, para criar pontes, entre jovens, conhecimentos e empresas. Vem para a Blue!

Posts relacionados

Qual a origem dos hackathons e como ter uma boa performance

Qual a origem dos hackathons e como ter uma boa performance

Você que é nosso aluno ou que está prestes a se tornar um, já sabe o que é um hackathon, palavra aportuguesada e definida pela especialista Haydée Svab para o “Estadão” como uma maratona de programação em que vários hackers se reúnem para passar horas a fio desvendando dados, sistemas lógicos e desenvolvendo algo com […]

O que são as soft skills e como elas impactam no sucesso profissional

O que são as soft skills e como elas impactam no sucesso profissional

Hoje é dia de falar sobre as soft skills. A tradução livre que se pode fazer da expressão, algo como habilidades suaves – ou leves, não é a mais indicada para essa situação.  Na verdade, quando o mercado de trabalho fala sobre o conceito de soft skills, ele está se referindo a habilidades interpessoais ou […]