Burnout

Programador: precisamos falar sobre burnout na pandemia

17/10/21

Repentinamente, em 2020, nos vimos em uma situação nunca vivenciada. Por conta da pandemia mundial do novo coronavírus, rotinas que tínhamos há anos e que nos pareciam tão sólidas, tiveram de ser modificadas por conta do isolamento social. Essa situação mudou a vida das pessoas como um todo, e boa parte da população mundial passou a desenvolver a síndrome de burnout.

Diversas áreas da vida sofreram alterações, e, uma das principais foi a profissional. Estávamos acostumados a nos deslocarmos até os escritórios, muitas vezes, tomar café da manhã com os colegas, trocar experiências ou opiniões profissionais ao vivo e de maneira simultânea, o que nos permitia resolver situações rapidamente. 

Por algum tempo, muitos ficaram confortáveis na nova situação. As vantagens do home office são inúmeras! Pode-se aproveitar mais a família e até mesmo cuidar com mais atenção das tarefas da casa. Aos poucos, no entanto, essa fusão entre local de trabalho e local de descanso foi se transformando e trazendo angústias a alguns. 

O que é Burnout?

A síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional foi denominada pelo psicanalista alemão Freudenberger na década de 70, após se autodiagnosticar com a doença. Ela se caracteriza pela extrema auto exigência por produtividade e o desejo de sempre mostrar um alto grau de desempenho, onde em seu estágio mais avançado, o portador mede sua autoestima de acordo com suas realizações profissionais. 

O estresse no mundo da programação

A programação é um trabalho incrível e pode estar muito relacionado ao trabalho de um artista. O desenvolvedor, ou desenvolvedora, cria elementos que se somam, gerando funcionalidades em harmonia. Mas, assim como em todas as áreas profissionais, o estresse também atinge nossos programadores. O impacto com novas tecnologias, frameworks, libraries e ferramentas que não param de surgir, a preocupação de estudar sempre, aprender os tantos frameworks, códigos, compiladores, além de todos os problemas do dia-a-dia com a pandemia vivida por mais de um ano, são motivos de Burnout do profissional de TI.

Atenção no seu dia a dia 

Vem sendo comum que ao longo da pandemia o horário de trabalho se estenda, justamente por conta dessa mistura entre local de trabalho e local de descanso, que agora passam a ser o mesmo espaço. Passar pelo computador e dar uma checada no e-mail, ou conferir o celular corporativo quando se tem a oportunidade, acaba sendo inevitável. 

Segundo a Harvard Business Review existem três atitudes essenciais para que os profissionais que trabalham de maneira remota possam melhorar suas experiências:

  • Separar o local de trabalho do local de descanso: se possível, monte uma estação de trabalho exclusiva dentro de casa. O distanciamento físico do trabalho também se faz necessário.
  • Aproveite as vantagens do home office: você pode reverter o tempo de deslocamento até a empresa e desenvolver outras atividades. Por exemplo: descansar um pouco a mais, utilizar esse tempo para se exercitar ou cuidar de você de outras maneiras.
  • Praticar o autocuidado: invista em seu bem-estar! Que tal utilizar esse tempo ganho que antes era utilizado para o deslocamento até a empresa para praticar exercícios físicos, yoga, meditação, passar mais tempo com os filhos ou com seus pets?

É importante manter a disciplina, organização e horários para todos os âmbitos de sua vida: seja trabalhar, estudar ou no momento de lazer! Uma mente descansada é receptiva, atenta e criativa, ou seja, é uma mente eficiente.  Bora nos cuidar?

 

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