Quiet Quitting: tudo o que você precisa saber

Quiet Quitting: tudo o que você precisa saber

19/09/22

Em muitos escritórios (e ainda mais em aplicativos como Zoom, Teams e Slack), funcionários e gerentes estão sussurrando sobre a chamada “demissão silenciosa” ou em inglês, “quiet quitting”. Essa é uma prática já existente, mas que ganhou novas conotações após a pandemia do COVID-19.

Mas afinal, o que é quiet quitting

Se você não está feliz com seu trabalho, mas se demitir não é uma opção, você pode tentar “desistir silenciosamente” do cargo. Essa tendência de simplesmente fazer o mínimo do trabalho decolou no TikTok e causou um burburinho principalmente entre os jovens.

Como toda a repercussão do quiet quitting começou?

A transformação em nossa relação com o trabalho e as mudanças que aconteceram durante a pandemia, com empresas demitindo seus colaboradores e funcionários sobrecarregados (com responsabilidades extras e não remuneradas) foram pontos importantes que ajudaram a alavancar o aumento desse comportamento nas pessoas. No entanto, com o fim da pandemia, o desgaste não acabou, e o retorno aos escritórios também estimulou muitos colaboradores a fazerem parte dessa prática.

O excesso de trabalho apagou a linha que separava a vida pessoal da profissional. O “workaholism” (compulsão ou necessidade incontrolável de trabalhar em excesso) está afetando cerca de 66% dos Millennials, conhecidos como geração burnout. Diante desse cenário, a demissão silenciosa surge para amenizar essa realidade e definir uma nova perspectiva sobre o significado de “ter uma carreira” ou “ser bem-sucedido”.

Comportamento dos profissionais em Quiet Quitting:

Entre as novas gerações de funcionários, que estão aderindo ao quiet quitting, estabelecer limites virou algo indiscutível e, muitas vezes, inegociável. 

Para esclarecer: O quiet quitting ou demissão silenciosa não significa deixar o cargo sem dar satisfação ao empregador. Muito pelo contrário, esse comportamento retrata os colaboradores que optam em permanecer em suas funções, mas que se recusam a assumir responsabilidades que excedam as determinadas pelo empregador no momento da contratação. Eles querem fazer o mínimo necessário para realizar o trabalho e estabelecer limites claros para melhorar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Afinal, se um músico foi contratado para tocar piano, ele não pode substituir o encarregado da flauta só porque ele teve que faltar.

A demissão silenciosa também pode ser um sinal de que um funcionário não está feliz em sua posição ou está sofrendo de burnout. A demissão silenciosa é uma maneira de o funcionário lidar com o esgotamento para ajudar a aliviar o estresse. Também pode significar que eles estão prontos para mudar de carreira ou podem simplesmente estar procurando um novo emprego.

Sinais de quiet quitting na sua equipe: 

Não existe uma ciência exata para definir esse comportamento, já que cada funcionário tem seu motivo. Mas alguns sinais podem ser mais perceptíveis do que outros:

  • Não comparecer às reuniões;
  • Chegar atrasado ou sair mais cedo (sem motivo aparente);
  • Redução da produtividade;
  • Menos contribuição para projetos de equipe;
  • Não participar de planejamentos;
  • Falta de paixão ou entusiasmo pelas atividades

Mas ao invés de rejeitar o quiet quitting, os empregadores podem apoiar o bem-estar de seus colaboradores promovendo práticas que priorizem o equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. Isso mostrará a eles que são valorizados, o que, por sua vez, pode aumentar o engajamento, produtividade e confiança. Separamos algumas dicas que podem ajudar!

Como evitar o Quiet Quitting: 

Identifique e recupere os seus quiet quitters: 

Conheça a sua equipe. Conhecer o seu público é a melhor forma de lidar com ele. Em muitos casos, uma boa conversa pode resolver a questão antes que se torne um problema. Mas caso isso não dê certo, é crucial estar atento e treinar os líderes de equipe para que eles também consigam identificar possíveis casos.

 Seja coerente com seu colaborador: 

As descrições de cargos devem constar as expectativas exatas de uma função. Se um gerente percebe que um membro de sua equipe está indo além do que é esperado, isso deve ser recompensado. É simples: uma lista maior de tarefas reflete um aumento de remuneração e até mesmo a contratação de novos colaboradores que formem uma equipe de apoio para amparar um membro sobrecarregado.

Incentivar e respeitar os limites entre pessoal / profissional:

A desistência silenciosa é fruto do esgotamento. É papel dos líderes, que querem evitar que isso aconteça, determinar limites e consequências para quem desrespeitá-los. Para evitar o esgotamento e cultivar uma cultura em que os profissionais possam prosperar é fundamental que exista reconhecimento pelo trabalho bem feito.

Seja proativo:

Não espere até que as coisas fiquem ruins e as pessoas “renunciem silenciosamente” antes de fazer mudanças. O quiet quitting pode ser o primeiro passo para uma transformação que trará bons resultados.

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Os funcionários estão pondo fim ao estresse que ultrapassou as paredes dos escritórios. Essa atitude pode ser positiva e significar novas formas de trabalho que priorizam métodos mais eficientes e que não prejudiquem o bem-estar de ninguém.

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